Ministério Público de Goiás recorre contra liberdade de Cacai Toledo
O Ministério Público de Goiás (MPGO) recorreu da decisão que liberou Carlos César Savastano Toledo, conhecido como Cacai Toledo, ex-presidente do DEM (atualmente União Brasil). Ele é acusado de ser o mandante do assassinato do empresário Fábio Escobar, morto após denunciá-lo por corrupção. O crime ocorreu em Anápolis e envolve outros suspeitos, incluindo policiais militares, apontados como cúmplices em uma série de homicídios.
Toledo, que ficou foragido por sete meses antes de ser preso em junho de 2023, foi solto pela Justiça em 11 de dezembro. No entanto, o MPGO busca reverter essa decisão, argumentando a gravidade dos crimes e a necessidade de manter os envolvidos sob prisão preventiva para proteger a ordem pública.
Argumentos do MPGO
O MPGO, em sua petição, enfatiza a gravidade concreta dos atos praticados e alerta sobre o risco de novas ações criminosas caso Toledo e os demais suspeitos permaneçam soltos. Segundo a Promotoria, a liberdade dos acusados representa ameaça à sociedade, especialmente porque parte dos envolvidos são policiais militares que teriam usado suas funções para acobertar crimes.
As investigações revelam que o grupo está relacionado a pelo menos oito homicídios, cometidos em quatro ocasiões diferentes. O recurso foi elaborado pela 7ª Promotoria de Justiça de Anápolis, em conjunto com o Gaesp (Grupo de Atuação Especial no Controle Externo da Atividade Policial) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Relembre o caso
Fábio Alves Escobar Cavalcante foi assassinado em 23 de junho de 2021, após entrar em conflito com Cacai Toledo devido a denúncias de desvio de dinheiro na campanha eleitoral de 2018. A Polícia Civil de Goiás (PCGO) apontou Toledo como o mandante do crime, que teria como objetivo silenciar Escobar e impedir investigações sobre supostas irregularidades.
O MPGO reforça que a prisão preventiva de Toledo e dos demais acusados é indispensável para garantir o prosseguimento das investigações e a aplicação da Justiça.
Seja o primeiro a comentar!